Internação Psiquiátrica

A saúde mental tem se tornado um dos pilares essenciais para o bem-estar integral, especialmente nos tempos modernos, em que o ritmo acelerado da vida pode gerar diversos desafios psicológicos. 

Compreender e cuidar da saúde mental é fundamental na sociedade atual, não apenas para melhorar a qualidade de vida do indivíduo, mas também como uma questão de saúde pública, que impacta a dinâmica social, econômica e produtiva de um país.

Dentro do campo dos cuidados com a saúde mental, a internação psiquiátrica é um tema complexo que exige uma abordagem sensível. Essa modalidade de tratamento é indicada em casos em que as condições mentais da pessoa representam risco para si mesma ou para outros, ou quando outros tratamentos não surtiram efeito.

O que é a internação psiquiátrica?

A internação psiquiátrica é um tratamento médico voltado para indivíduos com transtornos mentais graves que, no momento, não podem ser adequadamente tratados em um ambiente menos restritivo. 

Esse tipo de internação ocorre em locais controlados e supervisionados, oferecendo tratamento intensivo para pacientes que apresentam risco iminente para si ou para outros, ou que necessitam de estabilização em um ambiente terapêutico fechado e seguro.

Tipos de internação psiquiátrica

  • Internação voluntária: ocorre quando o próprio paciente reconhece a necessidade de ser internado e busca ajuda médica. Nesse caso, ele ou seus responsáveis legais assinam um termo de consentimento, concordando com a internação.
  • Internação involuntária: a internação involuntária não exige o consentimento direto do paciente, sendo indicada por um médico. A família ou os responsáveis são informados em até 72 horas após a internação, e o Ministério Público é notificado para garantir que os direitos do paciente sejam respeitados. Esse tipo de internação ocorre quando o paciente não tem capacidade de tomar decisões coerentes sobre o próprio tratamento devido à sua condição.
  • Internação compulsória: esse tipo de internação é determinado pela Justiça quando é comprovado que o paciente representa um risco significativo para si ou para outros, e não há uma alternativa segura de tratamento. A decisão tem como base o laudo médico, sem a necessidade de consentimento do paciente ou da família.

Ambientes de internação psiquiátrica

A internação psiquiátrica pode ocorrer em diferentes tipos de estabelecimentos de saúde, dependendo da gravidade do caso e dos recursos disponíveis:

  • Hospitais psiquiátricos: instituições especializadas no tratamento de transtornos mentais graves, oferecendo uma variedade de serviços médicos e terapêuticos em um ambiente controlado.
  • Unidades psiquiátricas em hospitais gerais: alguns hospitais gerais possuem unidades especializadas para o tratamento de pacientes psiquiátricos que necessitam de internação, permitindo a integração de cuidados médicos gerais com o tratamento psiquiátrico.
  • Clínicas especializadas: centros de tratamento que oferecem serviços semelhantes aos de hospitais psiquiátricos, mas em um ambiente menos restritivo, focando na reabilitação e recuperação do paciente a longo prazo.

Quando a internação psiquiátrica é necessária?

A internação psiquiátrica se torna necessária em situações em que a segurança do paciente ou de terceiros está em risco, ou quando as condições mentais da pessoa exigem intervenções que só podem ser realizadas em um ambiente especializado e controlado. 

Essa decisão costuma ser tomada quando os tratamentos ambulatoriais não são suficientes ou adequados para controlar os sintomas apresentados. Alguns sinais e sintomas que podem indicar a necessidade de internação psiquiátrica são:

Crises agudas de ansiedade ou depressão

Em situações em que a pessoa enfrenta uma intensificação grave dos sintomas de ansiedade ou depressão, como pânico extremo ou uma sensação profunda de desesperança, que não pode ser controlada por intervenções ambulatoriais comuns. 

Isso pode incluir a incapacidade de realizar tarefas diárias, isolamento extremo, dificuldades em cuidar de si mesma, ou crises acompanhadas de sintomas psicóticos, como delírios ou alucinações.

Risco de autoextermínio ou autolesões

Quando há tentativas de autoextermínio ou a pessoa demonstra comportamentos que indicam estar planejando isso. A presença constante de pensamentos suicidas, sejam verbalizados ou expressos por meio de comportamentos como automutilação, é um sinal crítico para a internação.

Comportamentos agressivos ou perigoso

Agressões físicas ou ameaças diretas à segurança de outras pessoas, que podem ser motivadas por delírios, alucinações ou descompensação de transtornos de humor. Além disso, comportamentos impulsivos e imprevisíveis que colocam o paciente ou outras pessoas em risco iminente de dano também indicam a necessidade de internação.

Falta de suporte familiar ou social adequado

Quando o paciente não possui uma rede de apoio que possa garantir sua segurança ou fornecer o acompanhamento necessário para um tratamento ambulatorial eficaz. A ausência de cuidadores ou de um ambiente familiar estruturado que ajude na gestão de medicações ou prevenção de crises também pode justificar a internação.

Como é o processo de internação psiquiátrica?

O processo de internação psiquiátrica é complexo e exige atenção cuidadosa tanto aos direitos do paciente quanto às necessidades clínicas. Vamos explorar como ocorre a avaliação para internação, os direitos do paciente durante esse período, e os fatores que influenciam o tempo de permanência no hospital ou clínica.

Avaliação médica inicial

O processo começa com uma avaliação detalhada realizada por um psiquiatra. Isso inclui um exame clínico completo, análise do histórico médico e psiquiátrico do paciente, além de uma avaliação do estado mental atual. São considerados os sintomas apresentados, a gravidade e o histórico de tratamentos anteriores.

Decisão de internação

Com base nessa avaliação inicial, o médico decide se a internação é necessária levando em conta critérios como risco de dano a si ou a terceiros, incapacidade de se cuidar adequadamente ou a necessidade de tratamento intensivo que não pode ser realizado de forma ambulatorial. 

A decisão também considera a opinião da família e, sempre que possível, do próprio paciente, respeitando os direitos individuais e as legislações vigentes.

Documentação e consentimento

No caso de internações voluntárias, o paciente ou seu representante legal assina um termo de consentimento. Para internações involuntárias ou compulsórias, são seguidos protocolos legais específicos que garantem a legalidade do processo, incluindo notificações formais às autoridades competentes.

Direitos do paciente durante a internação

  • Respeito e dignidade: o paciente tem o direito de ser tratado com respeito e dignidade, sem qualquer forma de discriminação.
  • Privacidade: a privacidade do paciente deve ser assegurada, tanto em relação ao tratamento quanto aos cuidados pessoais.
  • Informação: o paciente ou seus representantes legais têm o direito de serem informados sobre o diagnóstico, as opções de tratamento e os possíveis efeitos colaterais.
  • Consentimento informado: exceto em emergências ou conforme previsto em lei, os tratamentos só devem ser administrados com o consentimento informado do paciente.

Tempo médio de permanência e fatores que influenciam essa duração

  • Gravidade e tipo de transtorno: transtornos mais graves, como psicoses ou transtornos de humor severos, podem exigir internações mais prolongadas.
  • Resposta ao tratamento: pacientes que respondem rapidamente ao tratamento podem receber alta mais cedo, enquanto aqueles com uma resposta mais lenta ou complicada podem necessitar de um período maior de internação.
  • Suporte social e estrutura de apoio: a presença de uma rede de apoio sólida e a disponibilidade de serviços ambulatoriais podem diminuir a necessidade de uma internação prolongada.

Como é o tratamento durante a internação psiquiátrica?

Durante a internação psiquiátrica, o tratamento é intensivo e abrange várias formas para estabilizar o paciente, reduzir os sintomas e oferecer ferramentas para o manejo a longo prazo. A seguir, detalhamos os métodos de tratamento mais comuns e a importância do acompanhamento multidisciplinar nesse contexto.

Métodos comuns utilizados

Terapia medicamentosa

A medicação é frequentemente o principal componente do tratamento psiquiátrico durante a internação. Antidepressivos, antipsicóticos, estabilizadores de humor e ansiolíticos são usados para controlar os sintomas e estabilizar o estado mental do paciente. A escolha e o ajuste das medicações são feitos com base em avaliações contínuas das necessidades e respostas do paciente.

Terapia ocupacional

Voltada para melhorar a funcionalidade diária e a qualidade de vida, a terapia ocupacional ajuda os pacientes a desenvolverem habilidades da vida cotidiana, promovendo autonomia e reintegração social. Atividades como artes, exercícios físicos e oficinas de habilidades sociais são frequentemente incluídas.

Sessões individuais de terapia

Terapias como a cognitivo-comportamental (TCC) e outras formas de psicoterapia são usadas para ajudar o paciente a compreender e modificar padrões de pensamento e comportamento. Essas sessões oferecem um espaço seguro para que o paciente discuta questões pessoais, medos e preocupações com um terapeuta.

Sessões de terapia em grupo

Essas sessões permitem que os pacientes compartilhem experiências e aprendam uns com os outros, proporcionando suporte mútuo. A terapia em grupo é especialmente eficaz para condições como dependência química, transtornos alimentares e depressão, onde o compartilhamento de vivências pode ter grande valor terapêutico.

Importância do acompanhamento multidisciplinar

O tratamento de transtornos mentais graves durante a internação envolve a atuação de uma equipe multidisciplinar, composta por:

  • Psiquiatras: supervisionam o plano de tratamento, gerenciam a medicação e avaliam o progresso clínico do paciente.
  • Psicólogos: oferecem suporte psicoterapêutico, realizam avaliações psicológicas e ajudam na criação de estratégias de enfrentamento.
  • Terapeutas ocupacionais: auxiliam na recuperação das habilidades necessárias para a vida diária e promovem a independência do paciente.
  • Assistentes sociais: facilitam a reintegração do paciente à comunidade, conectando-o à sua família com recursos e apoio após a alta.
  • Enfermeiros: cuidam das necessidades diárias de saúde, monitoram os efeitos colaterais das medicações e são os primeiros a responder às necessidades imediatas dos pacientes.

Recupere o controle com a internação psiquiátrica: a Clínica Mangabeiras pode ajudar

A internação psiquiátrica é fundamental para a recuperação de quem enfrenta transtornos mentais severos, oferecendo tratamento personalizado e apoiado por uma equipe multidisciplinar. 

Na Clínica Mangabeiras, estamos prontos para te ajudar a superar esses desafios em um ambiente acolhedor e seguro. Se você ou alguém próximo precisa de apoio, entre em contato conosco.

Dê o primeiro passo rumo à recuperação! Estamos aqui para te apoiar em cada etapa desse caminho.

Endereço

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Sion, Belo Horizonte - MG

Funcionamento

Segunda – Segunda 24h

Dr. Lúcio Quites - Anestesiologista

Lúcio de Oliveira Quites

ANESTESIOLOGISTA
CRM MG 13194 RQE 12401

Anestesiologista pelo Hospital das Clinicas da UFMG e SBA – Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

  • Professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, área Anestesiologia.
  • Membro do Corpo Clinico do Hospital Espírita André Luiz
  • Membro do Corpo Clínico e sócio da Clínica Mangabeiras (Centro Psicoterápíco Ltda)
  • Anestesiologista do Hospital das Clínicas da UFMG pela EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares)

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Dr. Vinícius Rocha - Psiquiatra

Dr. Vinícius Corrêa da Silva Rocha

MÉDICO PSIQUIATRA
CRM MG 58679 RQE 48140

Médico (UFMG)
Psiquiatra (IPSEMG)

Preceptor da residência de psiquiatria do IPSEMG (coordena os serviços dos ambulatórios de transtornos de controle de impulsos e terapia cognitivo-comportamental. É preceptor no serviço de eletroconvulsoterapia. Foi coordenador do serviço de dependências químicas)
Sócio-diretor da Clinica Mangabeiras
Psicoterapeuta com formações em Terapia cognitivo-comportamental, Terapia de Esquemas e Terapia comportamental dialética.

Dr. Tasso Amós - Psiquiatra

Dr. Tasso Amós

MÉDICO PSIQUIATRA
CRM MG 50866 RQE 30650

Graduação e Residência Médica pela UFMG.

Dr. Renato Ferreira - Psiquiatra

Dr. Renato Ferreira Araújo

MÉDICO PSIQUIATRA
CRM MG 43934 RQE 22504

Mestre em Neurociências pela UFMG

Formação em Neuromodulação na USP, Columbia University e Harvard.

Experiência em tratamento de depressão resistente a medicação.

Dra. Maria Auxiliadora - Psiquiatra

Maria Auxiliadora Sabino Viana

MÉDICA PSIQUIATRA
CRM MG 13195 RQE 12423

Formada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1980

Residência em Psiquiatria na Casa de Saúde Santa Clara

Psiquiatra Clínica e Psicoterapeuta

Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria

Atendimento: diariamente.

Luciana Rodrigues da Cunha

MÉDICA PSIQUIATRA
CRM MG 41654 RQE 13602

PSICOGERIATRIA RQE 30389

Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Fundação Educacional Lucas Machado (2004), Residência Médica em Psiquiatria pelo IPSEMG (2007) e em Psicogeriatria pelo HC-UFMG (2009). Mestre (2012) e doutora (2019) em Neurociências pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFMG

Dr. Guilherme Rolim - Psiquiatra

Dr. Guilherme Rolim Freire Figueiredo

MÉDICO PSIQUIATRA
CRM MG 39079 RQE 13600

Formado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Residência em Psiquiatria pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG)
Residência em Psiquiatria Forense pelo Hospital das Clínicas da UFMG
Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria
Coordenador e preceptor do serviço de eletroconvulsoterapia do Instituto Raul Soares nos anos de 2013 a 2023
Formação em Psicoterapia pelo Centro de Psicoterapia Analítico-Fenomenológico-Existencial (CEPAFE)
Professor convidado do programa Interdisciplinar de Pós-graduação em Neurociências da UFMG da matéria psiquiatria intervencionista de 2018 a 2023
Sócio e Diretor clínico da Mangabeiras Saúde Mental

Dr. Guilherme Álvares Cabral - Psiquiatra

Guilherme Álvares Cabral

MÉDICO PSIQUIATRA CRM MG 17278

  • Médico psiquiatra
  • Psicoterapeuta
  • 40 anos de experiência
  • Especialista no tratamento do alcoolismo.
  • Sócio-diretor da Mangabeiras Saúde Mental
Dra. Bárbara Vilela - Psiquiatra

Bárbara Faria Corrêa Vilela

MÉDICA PSIQUIATRA
CRM MG 66393 RQE 48294

Formada em Medicina pela Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH).

Residência Médica em Psiquiatria pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).

Formação em Terapia de Esquemas – Wainer (credenciada internacionalmente junto à International Society of Schema Therapy – ISST e ao New Jersey / New York Institute of Schema Therapy – USA).

Formação em Terapia Comportamental Dialética / DBT – Elo Psicologia e Desenvolvimento.

Formação em Terapia Cognitiva Comportamental (Ipsemg).

Psiquiatra de ligação da Rede Materdei de Saúde.

Professora de psiquiatria na Faculdade de Saúde e Ecologia Humana (FASEH).

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