ECT

A eletroconvulsoterapia (ECT), um tratamento médico que existe há muitos anos, mas que ainda gera dúvidas e preconceitos. Utilizada especialmente em casos graves de transtornos mentais, a ECT consiste na aplicação controlada de impulsos elétricos no cérebro, provocando uma breve convulsão. 

Embora essa ideia possa inicialmente causar estranheza, o tratamento tem demonstrado bons resultados em situações em que os métodos tradicionais não são eficazes.

A saúde mental está ganhando cada vez mais relevância, e conhecer as opções terapêuticas é essencial. A ECT se mostrou uma alternativa importante para pacientes com condições como depressão resistente a tratamentos convencionais, esquizofrenia, transtorno bipolar, entre outros transtornos psiquiátricos graves. 

Mesmo com sua relevância, muitos ainda veem o tratamento de forma negativa devido a estigmas e informações equivocadas.

O que é a eletroconvulsoterapia (ECT)?

A eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento psiquiátrico que utiliza correntes elétricas controladas aplicadas no cérebro para induzir uma breve convulsão. Esse procedimento é realizado com o paciente sob anestesia geral e com relaxantes musculares, garantindo que não haja dor ou desconforto durante o processo. 

A ECT é indicada para o tratamento de transtornos mentais graves, como depressão resistente a medicamentos, esquizofrenia, transtorno bipolar e, em alguns casos, catatonia. 

Embora possa parecer uma abordagem extrema, a ECT é amplamente reconhecida por sua eficácia, especialmente quando outros procedimentos não apresentam os resultados esperados.

Como funciona a eletroconvulsoterapia (ECT)?

A eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento cuidadosamente monitorado, conduzido por uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatras, anestesistas e enfermeiros especializados. O tratamento envolve a indução de uma convulsão breve e controlada por estímulos elétricos no cérebro, sendo totalmente seguro e indolor para o paciente.

Explicação técnica do procedimento

A ECT consiste na aplicação de uma corrente elétrica através do cérebro, gerando uma convulsão controlada que dura entre 30 segundos e 1 minuto. O estímulo elétrico é meticulosamente ajustado para provocar a convulsão terapêutica sem causar danos ao cérebro. 

Durante o processo, a atividade elétrica do cérebro é temporariamente alterada, e embora o mecanismo exato ainda não seja totalmente compreendido, acredita-se que essa convulsão induza uma série de mudanças neuroquímicas que ajudam a aliviar os sintomas dos transtornos mentais.

Preparação do paciente

Antes da sessão de ECT, o paciente passa por uma avaliação médica completa, que inclui exames de sangue, eletrocardiograma (ECG) e, em alguns casos, exames de imagem como tomografia ou ressonância magnética. 

Esses exames são necessários para garantir que o paciente está em condições de receber o tratamento, minimizando os riscos relacionados à anestesia e à convulsão induzida.

No dia do procedimento, o paciente é orientado a permanecer em jejum por algumas horas, evitando alimentos e líquidos para diminuir o risco de complicações durante a anestesia. 

Na preparação, eletrodos são colocados no couro cabeludo, seguindo um dos dois padrões mais comuns: bilateral (em ambos os lados do cérebro) ou unilateral (apenas de um lado), conforme as necessidades clínicas do paciente.

Anestesia

A ECT é realizada com o paciente sob anestesia geral, garantindo que ele permaneça completamente inconsciente, sem dor ou desconforto durante o procedimento. 

O anestesista administra uma dose controlada de anestésico intravenoso, induzindo ao sono rapidamente. Além disso, um relaxante muscular é utilizado para reduzir os movimentos físicos causados pela convulsão, evitando o risco de lesões.

Após a anestesia, um protetor bucal é colocado para proteger os dentes e prevenir mordidas involuntárias. Durante todo o processo, o paciente é monitorado de perto, com verificação contínua de sinais vitais como frequência cardíaca, pressão arterial e níveis de oxigênio.

Aplicação dos estímulos elétricos

Com o paciente sob anestesia e os eletrodos posicionados, uma breve corrente elétrica, geralmente aplicada por menos de 5 segundos, é direcionada através dos eletrodos. A intensidade e a duração dessa corrente são ajustadas conforme as características do paciente e o tipo de padrão de eletrodos utilizado. 

O estímulo gera uma convulsão, que é monitorada pelo médico e registrada principalmente por meio do eletroencefalograma (EEG), já que, devido ao uso do relaxante muscular, não há movimentos corporais exagerados.

Duração e frequência das sessões

Cada sessão de ECT é relativamente rápida, durando entre 5 e 10 minutos no total entre a preparação, aplicação da anestesia e o próprio procedimento. No entanto, o paciente pode levar de 30 a 60 minutos para se recuperar da anestesia antes de ser liberado.

O número de sessões varia conforme a condição e a resposta de cada paciente ao tratamento, mas o ciclo típico de ECT inclui de 6 a 12 sessões, realizadas duas ou três vezes por semana. Em alguns casos, pode ser recomendado um tratamento de manutenção, com sessões espaçadas a cada poucas semanas ou meses, para evitar recaídas.

Indicações para a utilização da ECT

A eletroconvulsoterapia é indicada principalmente para o tratamento de transtornos psiquiátricos graves que não respondem a outras formas de terapia, como medicamentos ou psicoterapia. 

Seu uso é geralmente reservado para casos em que os tratamentos convencionais têm eficácia limitada ou quando é necessária uma melhora rápida no quadro clínico.

Principais condições tratadas pela ECT:

  • Depressão resistente ao tratamento: utilizada em casos de depressão grave que não respondem a medicamentos ou psicoterapia.
  • Transtorno bipolar: indicada em episódios maníacos ou depressivos severos, especialmente quando há resistência aos tratamentos convencionais.
  • Esquizofrenia refratária: eficaz para tratar sintomas graves, como catatonia ou alucinações persistentes, que não melhoram com o uso de antipsicóticos.
  • Outros transtornos psiquiátricos graves: inclui catatonia, transtorno esquizoafetivo e TOC resistente a tratamentos.

Quando considerar a ECT?

  • Falha de tratamentos convencionais.
  • Necessidade de resposta rápida para evitar riscos graves, como autoextermínio.
  • Quando o paciente não pode tomar medicamentos por efeitos colaterais.
  • Preferência do paciente, após entender os benefícios e riscos.

Benefícios e riscos associados à ECT

Vantagens da terapia:

  • Alta taxa de eficácia: a ECT é especialmente eficaz em casos de depressão grave, transtorno bipolar e esquizofrenia refratária, quando outros tratamentos não trazem resultados.
  • Resultados rápidos: em comparação com medicamentos, a ECT pode oferecer um alívio mais rápido, algo essencial para pacientes em risco de autoextermínio ou com sintomas graves.

Possíveis efeitos colaterais

  • Perda temporária de memória: é comum que os pacientes tenham dificuldades de lembrar eventos próximos ao tratamento, mas essa perda de memória geralmente é temporária.
  • Dor de cabeça, confusão ou náusea: esses efeitos colaterais podem ocorrer logo após as sessões, porém costumam desaparecer em poucas horas.

Recupere sua qualidade de vida com o cuidado especializado da Clínica Mangabeiras

A Eletroconvulsoterapia (ECT) é uma terapia eficaz e segura para o tratamento de transtornos psiquiátricos graves, como depressão resistente, esquizofrenia e transtorno bipolar. Com os avanços da medicina, o procedimento tornou-se mais seguro, oferecendo resultados rápidos e sendo uma opção importante quando outros tratamentos não apresentam a eficácia necessária. 

Se você ou alguém que conhece está enfrentando desafios com a saúde mental, entre em contato com a Clínica Mangabeiras. Nossa equipe de profissionais qualificados está preparada para oferecer o melhor cuidado e orientação, seja através da ECT ou de outras opções terapêuticas. Agende uma consulta e descubra como podemos ajudar no caminho para a recuperação e bem-estar.

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Dr. Lúcio Quites - Anestesiologista

Lúcio de Oliveira Quites

ANESTESIOLOGISTA
CRM MG 13194 RQE 12401

Anestesiologista pelo Hospital das Clinicas da UFMG e SBA – Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

  • Professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, área Anestesiologia.
  • Membro do Corpo Clinico do Hospital Espírita André Luiz
  • Membro do Corpo Clínico e sócio da Clínica Mangabeiras (Centro Psicoterápíco Ltda)
  • Anestesiologista do Hospital das Clínicas da UFMG pela EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares)

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Dr. Vinícius Rocha - Psiquiatra

Dr. Vinícius Corrêa da Silva Rocha

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CRM MG 58679 RQE 48140

Médico (UFMG)
Psiquiatra (IPSEMG)

Preceptor da residência de psiquiatria do IPSEMG (coordena os serviços dos ambulatórios de transtornos de controle de impulsos e terapia cognitivo-comportamental. É preceptor no serviço de eletroconvulsoterapia. Foi coordenador do serviço de dependências químicas)
Sócio-diretor da Clinica Mangabeiras
Psicoterapeuta com formações em Terapia cognitivo-comportamental, Terapia de Esquemas e Terapia comportamental dialética.

Dr. Tasso Amós - Psiquiatra

Dr. Tasso Amós

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Dr. Renato Ferreira Araújo

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CRM MG 43934 RQE 22504

Mestre em Neurociências pela UFMG

Formação em Neuromodulação na USP, Columbia University e Harvard.

Experiência em tratamento de depressão resistente a medicação.

Dra. Maria Auxiliadora - Psiquiatra

Maria Auxiliadora Sabino Viana

MÉDICA PSIQUIATRA
CRM MG 13195 RQE 12423

Formada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1980

Residência em Psiquiatria na Casa de Saúde Santa Clara

Psiquiatra Clínica e Psicoterapeuta

Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria

Atendimento: diariamente.

Luciana Rodrigues da Cunha

MÉDICA PSIQUIATRA
CRM MG 41654 RQE 13602

PSICOGERIATRIA RQE 30389

Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Fundação Educacional Lucas Machado (2004), Residência Médica em Psiquiatria pelo IPSEMG (2007) e em Psicogeriatria pelo HC-UFMG (2009). Mestre (2012) e doutora (2019) em Neurociências pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFMG

Dr. Guilherme Rolim - Psiquiatra

Dr. Guilherme Rolim Freire Figueiredo

MÉDICO PSIQUIATRA
CRM MG 39079 RQE 13600

Formado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Residência em Psiquiatria pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG)
Residência em Psiquiatria Forense pelo Hospital das Clínicas da UFMG
Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria
Coordenador e preceptor do serviço de eletroconvulsoterapia do Instituto Raul Soares nos anos de 2013 a 2023
Formação em Psicoterapia pelo Centro de Psicoterapia Analítico-Fenomenológico-Existencial (CEPAFE)
Professor convidado do programa Interdisciplinar de Pós-graduação em Neurociências da UFMG da matéria psiquiatria intervencionista de 2018 a 2023
Sócio e Diretor clínico da Mangabeiras Saúde Mental

Dr. Guilherme Álvares Cabral - Psiquiatra

Guilherme Álvares Cabral

MÉDICO PSIQUIATRA CRM MG 17278

  • Médico psiquiatra
  • Psicoterapeuta
  • 40 anos de experiência
  • Especialista no tratamento do alcoolismo.
  • Sócio-diretor da Mangabeiras Saúde Mental
Dra. Bárbara Vilela - Psiquiatra

Bárbara Faria Corrêa Vilela

MÉDICA PSIQUIATRA
CRM MG 66393 RQE 48294

Formada em Medicina pela Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH).

Residência Médica em Psiquiatria pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).

Formação em Terapia de Esquemas – Wainer (credenciada internacionalmente junto à International Society of Schema Therapy – ISST e ao New Jersey / New York Institute of Schema Therapy – USA).

Formação em Terapia Comportamental Dialética / DBT – Elo Psicologia e Desenvolvimento.

Formação em Terapia Cognitiva Comportamental (Ipsemg).

Psiquiatra de ligação da Rede Materdei de Saúde.

Professora de psiquiatria na Faculdade de Saúde e Ecologia Humana (FASEH).

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