Escetamina

A escetamina é um medicamento inovador no tratamento de transtornos mentais, particularmente na depressão resistente, que não responde bem aos tratamentos convencionais. 

Nos últimos anos, houve um aumento expressivo nos casos de depressão em todo o mundo, intensificado por crises econômicas, sociais e de saúde, como a pandemia de COVID-19. 

Diante desse cenário, muitos pacientes continuam sofrendo mesmo após o uso de antidepressivos tradicionais, gerando uma demanda por novas opções terapêuticas.

A escetamina vem sendo vista como uma solução potencial para preencher essa lacuna. Com sua forma de aplicação inovadora e resultados rápidos, ela representa um avanço importante no tratamento da depressão resistente, oferecendo novas esperanças para aqueles que não encontram alívio com os métodos convencionais.

O que é escetamina?

A escetamina é classificada como um anestésico dissociativo, ou seja, uma substância capaz de causar uma sensação de desconexão entre mente e corpo. 

Originalmente usada na anestesia, ela passou a ser estudada como uma opção terapêutica inovadora para o tratamento de transtornos psiquiátricos.

Chama atenção seu uso na depressão resistente a outros tratamentos, sobretudo porque a substância oferece rápida resposta terapêutica, diferente dos antidepressivos tradicionais, que podem demorar semanas para fazer efeito.

Como ela age no cérebro?

Enquanto medicamentos comuns, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), aumentam principalmente neurotransmissores como a serotonina, a escetamina atua principalmente no sistema glutamatérgico, que regula a excitabilidade e a plasticidade do cérebro. 

Esse efeito de “restauração” sináptica é considerado o principal responsável por sua ação antidepressiva rápida, com a percepção de alívio de sintomas já em poucas horas.

Indicações clínicas da escetamina

Além de seu uso no tratamento da depressão resistente, pesquisas estão investigando o potencial da escetamina para tratar outras condições psiquiátricas. Algumas dessas possíveis indicações incluem:

  • Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): o TEPT é uma condição debilitante que pode surgir após eventos traumáticos graves. Estudos preliminares indicam que a escetamina pode ajudar a reduzir os intensos sintomas de ansiedade e a reatividade emocional associados ao transtorno.
  • Transtorno depressivo maior com risco de autoextermínio: a escetamina também está sendo estudada como uma opção em emergências, como para pacientes com ideação suicida aguda. Sua rápida ação pode ser vital para prevenir comportamentos suicidas a curto prazo.
  • Transtornos de ansiedade: pesquisas iniciais sugerem que a escetamina pode oferecer benefícios no tratamento de transtornos de ansiedade, especialmente em casos que não respondem bem aos tratamentos convencionais.

Como é administrado o tratamento com escetamina?

O tratamento com escetamina pode ser feito de duas maneiras principais:

Spray nasal

Esta é a forma mais comum e aprovada pela ANVISA e pelo FDA. O spray nasal de escetamina é aplicado diretamente nas narinas, onde é rapidamente absorvido pela mucosa nasal e entra na corrente sanguínea. 

Esse método é prático e menos invasivo em comparação com outras formas, como infusões intravenosas. O paciente usa o spray sob supervisão médica em uma clínica, pois o medicamento pode causar efeitos colaterais imediatos, como dissociação, tontura ou elevação da pressão arterial.

Infusão intravenosa

Embora menos frequente, a escetamina também pode ser administrada por infusão intravenosa. Essa forma é mais comum em estudos ou hospitais que utilizam cetamina racêmica (contendo escetamina e arketamina). A infusão intravenosa permite um controle mais preciso no tratamento, já que permite ajuste da dosagem e até interrupção imediata da administração do fármaco em caso de efeitos adversos. É um processo mais complexo, que exige monitoramento intensivo, mas permite uma experiência mais confortável para o paciente.

Vantagens do uso da escetamina nos tratamentos modernos

  • Alívio rápido dos sintomas depressivos: um dos maiores diferenciais da escetamina é a velocidade com que ela age. Enquanto os antidepressivos tradicionais podem demorar semanas para fazer efeito, a escetamina frequentemente proporciona alívio dos sintomas em questão de horas ou poucos dias.
  • Eficácia em casos de depressão resistente: muitos pacientes com depressão não respondem aos tratamentos convencionais, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) ou antidepressivos tricíclicos. A escetamina oferece uma alternativa eficaz para esses casos, mostrando bons resultados onde outras abordagens falharam.
  • Uso em situações críticas: em crises agudas, como ideação suicida ou episódios depressivos severos que requerem intervenção imediata, a escetamina tem sido utilizada para estabilizar rapidamente os pacientes.
  • Potencial para restaurar conexões cerebrais: além de seus efeitos rápidos, a escetamina promove a plasticidade sináptica, ou seja, a capacidade do cérebro de criar novas conexões entre neurônios. Isso sugere que ela não apenas alivia os sintomas, mas também pode ajudar em longo prazo na recuperação de funções neurais prejudicadas pela depressão.

Escetamina: um novo horizonte no tratamento da depressão resistente

A escetamina trouxe uma nova perspectiva para o tratamento da depressão, especialmente em casos graves que não respondem aos métodos tradicionais. Com sua capacidade de proporcionar alívio rápido dos sintomas e atuar em situações críticas, ela representa uma verdadeira revolução na saúde mental moderna. 

Contudo, como em qualquer tratamento, o uso da escetamina exige acompanhamento especializado para garantir tanto a segurança quanto a eficácia a longo prazo.

Se você ou alguém que conhece está enfrentando a depressão resistente e busca uma solução inovadora e eficaz, a Clínica Mangabeiras oferece o suporte que você precisa. 

Entre em contato conosco e agende uma consulta para saber mais sobre o tratamento com escetamina e como podemos ajudar no seu caminho para uma saúde mental equilibrada.

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Dr. Lúcio Quites - Anestesiologista

Lúcio de Oliveira Quites

ANESTESIOLOGISTA
CRM MG 13194 RQE 12401

Anestesiologista pelo Hospital das Clinicas da UFMG e SBA – Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

  • Professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, área Anestesiologia.
  • Membro do Corpo Clinico do Hospital Espírita André Luiz
  • Membro do Corpo Clínico e sócio da Clínica Mangabeiras (Centro Psicoterápíco Ltda)
  • Anestesiologista do Hospital das Clínicas da UFMG pela EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares)

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Dr. Vinícius Rocha - Psiquiatra

Dr. Vinícius Corrêa da Silva Rocha

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Preceptor da residência de psiquiatria do IPSEMG (coordena os serviços dos ambulatórios de transtornos de controle de impulsos e terapia cognitivo-comportamental. É preceptor no serviço de eletroconvulsoterapia. Foi coordenador do serviço de dependências químicas)
Sócio-diretor da Clinica Mangabeiras
Psicoterapeuta com formações em Terapia cognitivo-comportamental, Terapia de Esquemas e Terapia comportamental dialética.

Dr. Tasso Amós - Psiquiatra

Dr. Tasso Amós

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Dr. Renato Ferreira Araújo

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Formação em Neuromodulação na USP, Columbia University e Harvard.

Experiência em tratamento de depressão resistente a medicação.

Dra. Maria Auxiliadora - Psiquiatra

Maria Auxiliadora Sabino Viana

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CRM MG 13195 RQE 12423

Formada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1980

Residência em Psiquiatria na Casa de Saúde Santa Clara

Psiquiatra Clínica e Psicoterapeuta

Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria

Atendimento: diariamente.

Luciana Rodrigues da Cunha

MÉDICA PSIQUIATRA
CRM MG 41654 RQE 13602

PSICOGERIATRIA RQE 30389

Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Fundação Educacional Lucas Machado (2004), Residência Médica em Psiquiatria pelo IPSEMG (2007) e em Psicogeriatria pelo HC-UFMG (2009). Mestre (2012) e doutora (2019) em Neurociências pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFMG

Dr. Guilherme Rolim - Psiquiatra

Dr. Guilherme Rolim Freire Figueiredo

MÉDICO PSIQUIATRA
CRM MG 39079 RQE 13600

Formado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Residência em Psiquiatria pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG)
Residência em Psiquiatria Forense pelo Hospital das Clínicas da UFMG
Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria
Coordenador e preceptor do serviço de eletroconvulsoterapia do Instituto Raul Soares nos anos de 2013 a 2023
Formação em Psicoterapia pelo Centro de Psicoterapia Analítico-Fenomenológico-Existencial (CEPAFE)
Professor convidado do programa Interdisciplinar de Pós-graduação em Neurociências da UFMG da matéria psiquiatria intervencionista de 2018 a 2023
Sócio e Diretor clínico da Mangabeiras Saúde Mental

Dr. Guilherme Álvares Cabral - Psiquiatra

Guilherme Álvares Cabral

MÉDICO PSIQUIATRA CRM MG 17278

  • Médico psiquiatra
  • Psicoterapeuta
  • 40 anos de experiência
  • Especialista no tratamento do alcoolismo.
  • Sócio-diretor da Mangabeiras Saúde Mental
Dra. Bárbara Vilela - Psiquiatra

Bárbara Faria Corrêa Vilela

MÉDICA PSIQUIATRA
CRM MG 66393 RQE 48294

Formada em Medicina pela Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH).

Residência Médica em Psiquiatria pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).

Formação em Terapia de Esquemas – Wainer (credenciada internacionalmente junto à International Society of Schema Therapy – ISST e ao New Jersey / New York Institute of Schema Therapy – USA).

Formação em Terapia Comportamental Dialética / DBT – Elo Psicologia e Desenvolvimento.

Formação em Terapia Cognitiva Comportamental (Ipsemg).

Psiquiatra de ligação da Rede Materdei de Saúde.

Professora de psiquiatria na Faculdade de Saúde e Ecologia Humana (FASEH).

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